O relato deste professor homossexual foi essencial para se constatar que o campo da sexualidade e a sua relação com a escola ainda é um tema bastante restrito:
É um tema que continua fechado às crianças e às outras pessoas (controlo social).
A sexualidade é vista como algo impróprio, escandaloso, vergonhoso de ser discutido em público, e não como algo que esteja fortemente relacionado com o nosso corpo, os nossos desejos, a nossa natureza.
É deste pensamento social que os professores homossexuais estão submissos, pois durante a execução do seu trabalho com os alunos vêm-se forçados a omitir a sua identidade/personalidade, a eliminar partes de si para não se arriscarem a perder o emprego e o respeito dos outros;
Preocupação face ao comportamento a adoptar em sala de aula, aos modos de falar, movimentar, vestir, exprimir gestos, etc.;
Deste modo, sentem-se sufocados pela sociedade por não transmitirem a sua sexualidade e sofrerem represálias em vez de serem valorizados como pessoas.
Face a esta realidade, muitos dos professores homossexuais lutam para combaterem estas formas de opressão, o preconceito. E é neste contexto que a Educação surge como uma prática de liberdade. É necessário criar uma reforma educativa que permita a expansão da consciência crítica dos mais jovens para que, futuramente, existam mudanças políticas e sociais relacionadas com a situação em questão.
Assim, todos nós temos o direito de usufruir dos mesmos direitos e lutar por um mundo o mais transparente possível.